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Mostrando postagens de outubro, 2014

Assim, Assim

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sinceramente não vou ficar passando a limpo meu coração roendo as unhas, pensando em voz alta botando os pingos nos i's falando sério eu já cansei de revirar minhas emoções de vasculhas as gavetas do armário embutido da nossa paixão beijos, estou de saída vou reinventar minha vida vida, vida eu preciso viver hei, amiga pra que disfarçar nossa solidão? se continuasse assim, assim um dia a gente ia terminar saindo pela tangente ou desidratado de tanto chorar na certa ainda vais remexer nisso ou naquilo até concordar que o nosso erro foi não conjugar aos limites o verbo amar registra minha partida no arquivo da tua vida vida, vida eu preciso viver hei, amiga pra que disfarçar nossa solidão?

Paralelo II

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O vento avisa, vem Outro trem chegando, Mas não estou ali, Só o assobio antigo   A chaminé não me esqueceu. Talvez tenha perdido a noção, Calado então, deixando pra trás Tudo aquilo que me levou   Quero sim estar contigo Tenho urgência ouvir tua voz Não ligo a mínima, te ligo Somos chuva, vento e paixão.   Deixo a saudade preencher os trilhos. Jogo cartas com o destino A origem de tudo, fica na estação, Eu, do contrário, partirei nesse trem...   Nesse trem

Não

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Não mexa com a razão Não apague a luz, senão Puxo o cobertor. Não faça o favor... Não plante essa flor, Não vou suportar, Não sou confiável. No fim, é tudo um jogo Na reta final é tudo um jorro É tudo um veio d´água. Não me sintonize Nem me realize Cada qual, um deslize Cada qual em sua casa Comida e roupa lavada, E dai? Qual nada....

Um brinde

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Um ano cheio Você não veio Minha mesa cheia de papéis Sinal dos tempos. E o que dizer então? Choro pro dentro, Mas sou vaidoso Sigo em frente. Só bebendo Só temendo Que tal dizer? Não te entendo. Cego, te sigo. Algo assim não tem muito senso No teu tempo, Só incenso. Meus papéis e o incenso. Não ligo, ligo sim, Você não veio. O que dizer então? Sinais dos tempos.

Vamos pro mato

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Quem te guia? Ilumina, luz Uma única vela  Nos brinda. Uma rosa pequena Um caminho Teu caminhar é rosa No escuro é espinho. Uns olhos de bichos Na noite, não tenhas medo,  Rosa pequena. A noite somos flor e espinho anda que a manhã já vem.

Passos de dança II

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Como te chamas A dança E eu morrendo com tudo isso Só no embalo, não sabia um só passo. Só a música me engana Intensatez  morena Me despindo inteira E eu sem saber quem era. Não sou da dança Só te cantava olhares E tú roubando a festa Te despias inteira Meus olhos não acreditavam Vibra o som Vence o compasso. O suor, o enlace O braço passa por sobre o olhar Passa o passo seguinte Só no embalo, não sabia um só passo. Me ensina?

Correntes do destino

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Como ter o espírito livre e você se  apega ao Deus dos amores impossíveis, dos jogos sem sentido, das cicatrizes amargas, dos anseios mórbidos, de prazeres escondidos, de paladares ocultos, dos caminhos sem muro e dos limites sem caminho? Como ser livre  sem viver o instinto os ataques fulminantes, a libido e o calmante, sem levar tudo por diante, sem seu bom dia, sem seu mau humor, sem sua fé, seu suor e dor.  Como ser livre sem palpites, sem palpitações, sem tesão, sem arrastão nem cor, de esquina em esquina, de ônibus, táxi, o que for, temporal, rancor, palavras ou o vento apenas, espírito livre apenas sem amarras, só amor....

Coração

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Coração Está cansado de ficar Na poesia vã Quer cantar. Coração Cansado de ficar Em lugarzinho cão Quer vulgar. Coração Adesivo em lotação Motel churrascaria, bar. Quer migrar. Coração. Só em mãos alheias O terás...

Eu te Amo (Zizi Possi)

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Ah, se já perdemos a noção da hora Se juntos já jogamos tudo fora  Me conta agora como hei de partir  Se ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios  Rompi com o mundo, queimei meus navios  Me diz pra onde é que inda posso ir  Se nós, nas travessuras das noites eternas  Já confundimos tanto as nossas pernas  Diz com que pernas eu devo seguir  Se entornaste a nossa sorte pelo chão  Se na bagunça do teu coração  Meu sangue errou de veia e se perdeu  Como, se na desordem do armário embutido  Meu paletó enlaça o teu vestido  E o meu sapato inda pisa no teu  Como, se nos amamos feito dois pagãos  Meus seios inda estão nas tuas mãos  Me explica com que cara eu vou sair  Não, acho que estás te fazendo de tonta  Te dei meus olhos pra tomares conta  Agora conta como hei de partir  

Loucos de Cara (Vitor Ramil - vídeo abaixo da letra)

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Vem, anda comigo pelo planeta Vamos sumir! Vem, nada nos prende, ombro no ombro Vamos sumir! Não importa que Deus Jogue pesadas moedas do céu Vire sacolas de lixo Pelo caminho Se na praça em Moscou Lênin caminha e procura por ti Sob o luar do oriente Fica na tua Não importam vitórias Grandes derrotas, bilhões de fuzis Aço e perfume dos mísseis Nos teus sapatos Os chineses e os negros Lotam navios e decoram canções Fumam haxixe na esquina Fica na tua Vem, anda comigo pelo planeta Vamos sumir! Vem, nada nos prende, ombro no ombro Vamos sumir! Não importa que Lennon Arme no inferno a polícia civil Mostre as orelhas de burro Aos peruanos Garibaldi delira Puxa no campo um provável navio Grita no mar farroupilha Fica na tua Não importa que os vikings Queimem as fábricas do cone sul Virem barris de bebidas No rio da prata Boitatá nos espera Na encruzilhada da noite sem luz Com sua fome encantada Fica na tua

Cozinha mineira

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Varria o nosso salão Vassoura bateu no panelão Caiu fazendo estardalhaço Poeira e farinha enchendo o espaço Na casa que escolhemos Voce se veio assustada Cabelos molhados de banho Toda molhada Não é nada não, coração A panela toda amassada Debulhada no chão. Ah, então tá né... Não tá não, não rebola assim Que eu esqueço a panela E te passo a mão Nesse curto vestido dengoso. Esqueço o amasso da panela E te amasso neste mesmo chão. Faz isso não....

Se desfazendo

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Sei seu gosto Seu cheiro, verdadeiro melado se oferecendo Se desfazendo e me suga. Me ofereço e seu lábio Me molha o rosto Minha lingua Amarga seu ego Você derrama, me aperta Me chama pra dentro Me aconchego ainda Me aperto e seu rosto Também tem gosto um fio tênue, grosso. Não quero mais pensar Não quero mais beber Só quero seu gosto. Quer?

amor e sono

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Você dorme, Nem pisco, não me mexo Não posso perder esse espetáculo Você dorme Fico te olhando, respirando E não peço nada, apenas que durma Aqui nesta casa pequena Nesta cama pagã Neste edredon vermelho Você dorme Linda e vulnerável, porque? Eu não saio, daqui não saio Apenas sorvendo cada pelo Arrepiado dessa pele Que me invade enquanto dorme Amor sublime que me liberta, Mas não vou, fico aqui Vendo você dormir.