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Mostrando postagens de março, 2015

Loba

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Lembrança Provoca em mim Desejos de quem Sabe o que quer Quando quer O quanto quer Não tenho idade, Não tenho ideia Não quero de graça Não quero sem graça Sacie minha sede Tenho pressa. Me leve pela noite Me leva a passear Dentro do metrô Pesado esse silêncio Mas não tenho medo Da próxima estação. Faz amor comigo Faz comigo aquilo Que se foi contigo. Tenho urgência de calma, Nessa noite, nossa alma Sem marcada hora Se cala....

Mata

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Um intenso fogo, imenso Braseiro encanta incandescente, Fogueira dos prazeres se acende Em nosso escuro acampamento Se arrasta uma lua miúda Curiosa dança de vagalumes Que viajam por ali. Lingua vermelha de fogo Estala qual chicote A açoitar gravetos teimosos Enquanto o silêncio dessa noite Provoca, liberta, Nos acende e aconchega. Nem a mata, nem o serro, Nem a gruta ao longe, Nos metem medo. Nem delírio, nem vestígio De perigos a nos olhar. Nem pensei nos bichos. Meu poncho é teu manto A coruja, nosso sinal,  alerta, chuva na mata. Só paramos, se a coruja canta. Do contrário, só amor, Na chuva, na mata. 

O Piano (Sara Oriana)

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Eu quero sentir cada nota Cada som que me percorre a alma Quero viver esta pauta Quero reinar nesta calma Piano que tocas para mim Não me oiças, não pares Não me deixes na espectativa Continua a soar assim Pois tocar-me é o que queres Queres que por ti eu viva E mesmo que não quisesses, viveria E se não mais tocasses, morreria Porque tu és a unica paz de que gosto Oh... e como te amo Por isso assim insisto Conquisto-te, conquistas-me Toco-te, amando-te mesmo E assim tu me tocas Com o teu som belo e envolvente Aquela bela suavidade quente Tu sorris a meu lado Tu lamentas pelo meu passado Tu amas comigo, tu choras pelo meu amigo E esta noite, tocarás para as estrelas Esta noite, tocarás para o vento Tudo porque elas são belas E por este simples momento.

Declarações

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As armadilhas de uma nova vida Pega, pique esconde, gira forte, Atira tudo pra cima. As almas ditas gêmeas, proibidas Atire a primeira pedra quem nunca Beirou a insanidade por tesão, Só por uma noite de amor. As alamedas por onde a vida fervilha Chamam pra briga. Então, toma a rua, que é tua Veste aquele vestido gostosamente dengoso, Flutua pela poças salpicadas dessa luz Que se mistura com a tua maravilha A iluminar a minha rua. Pedir demais, querer demais e não ter A paz que se remexe, intensa tez, Por baixo desse seu vestido. Voa em solo baixo, com o vento a favor, Saia das nuvens, beije as flores Deixando rastros desse seu perfume, Já se foi, o mais puro amor. Mexendo a relva, mirando a praia Vejo suas pegadas, mas já se foi. Ganhar o mundo e fazer escolhas Dar as costas para o prazer imediato Em troca dessa sensatez, cadê você. Abraça me o vazio Envolva me num arrepio Com sua blusa de cinquenta tons, Suave, quente e acolhedora, nave, Leve, eu sinto