Não tive coragem de te dizer “não” Agora é tarde, bem tarde Estalo os dedos, esfrego as mãos Me distraio com uma coleção De xicaras de café, diversos países Tantas histórias, nossas, do café Lindo local, lindo balcão Mas nada me aquieta, tenho impulsos De levantar e me ir. Vou-não vou? O bar é uma graça, eu sem graça O garçon me tira do transe “deseja mais um descafeinado?” Percebeu minha angústia e se afastou “traz a conta, por favor”. Atendi meu impulso, de ir embora. Mas você, na porta no bar, anunciava: “Agora é tarde, se acalma e fica.” Fiquei, azar.
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