Caliente

Um mamilo rosa moreno
Acarinha meu rosto
Me finjo de morto,
Eu e meu sono
Nada pedimos,
Ainda que em meus lábios
Passeia o lindo mamilo,
Enquanto me pressiona
O baixo ventre, rijo.
Não sei se quero,
Se aguento o assédio,
Não era esse o combinado
Quando tínhamos brigado
Por sobre o coqueiro
Frente a janela.
A lua ouviu tudo,
Me chamou de “imundo”,
Eu ria de raiva,
Mas passou.
Se é assim, então vou
Abocanhar essa taça,
duro, quente, teso
pura fruta,

Lindo....

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