Fervilha

Pronto.
Tinha que acontecer?
Quando bebo não seguro a onda.
Já perdi o respeito comigo mesmo por isso
Não sou mais eu quem comanda,
É outro cara, cuja libido se diz irremediável.
Você veio do frio, entrou no bar,
Chegou, sentou, meu batimento foi na lua
"- quanto tempo..."
Pedir o que mesmo? sangria pra relaxar,
Mas ficou mais quente
A música flamenca, o som dos tacos
O amor estava ali em Sevilha
Na rua frio, lá dentro, tudo fervilha,
Na mesa mesmo, às claras
Eu cuidava, um olho na dança
Outro na perigosa mulher
Que me rondava a mesa.
Você puxou o banco, se aninhou
No meu abraço, pedindo
"- me leva daqui?"
Frio na rua,
Lindos becos silenciosos
Ninguém ia ou vinha
Seu olhar travesso
"-será que dá conta?"
Suas mãos ágeis
Me trouxeram bem pra perto,
Seu cheiro.
Qualquer sombra é cúmplice,
Ia ser ali mesmo
Mas a porta se abriu
E caímos pra dentro,
Ainda bem...


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Você é a porra toda

Transe 2

Convite