Silêncio

Sopra longe um vento frio
Calmo e tranquilo, leve
Vara a relva que se inclina
Na colina à luz do sol.
Mas não estou tão perto
Apenas observo da porta
O mar em minhas costas,
A tarde meio morta
O sal e o silêncio.
Silêncio que já dura,
Quieto se insinua
Pra todo o meu sempre.
Não me desconforta,
Não me amedronta,
Sou vigia de um farol distante,
Mantenho tudo como antes
arrumado, sem poeira,
Sem desalinho.
Como sempre deixo tudo
Quieto a repousar.
Só sinto falta de algo
Que jamais terei.
Não há sinal de chuva
Nem de pesadelo,
Nem respirarei pesado
Enquanto observo
As sombras desse azul
Passado, desse vento
Amargo e sereno

Silenciando de uma vez....

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Você é a porra toda

Transe 2

Convite