Declarações

As armadilhas de uma nova vida
Pega, pique esconde, gira forte,
Atira tudo pra cima.
As almas ditas gêmeas, proibidas
Atire a primeira pedra quem nunca
Beirou a insanidade por tesão,
Só por uma noite de amor.
As alamedas por onde a vida fervilha
Chamam pra briga.
Então, toma a rua, que é tua
Veste aquele vestido gostosamente dengoso,
Flutua pela poças salpicadas dessa luz
Que se mistura com a tua maravilha
A iluminar a minha rua.

Pedir demais, querer demais e não ter
A paz que se remexe, intensa tez,
Por baixo desse seu vestido.
Voa em solo baixo, com o vento a favor,
Saia das nuvens, beije as flores
Deixando rastros desse seu perfume,
Já se foi, o mais puro amor.
Mexendo a relva, mirando a praia
Vejo suas pegadas, mas já se foi.
Ganhar o mundo e fazer escolhas
Dar as costas para o prazer imediato
Em troca dessa sensatez, cadê você.

Abraça me o vazio
Envolva me num arrepio
Com sua blusa de cinquenta tons,
Suave, quente e acolhedora, nave,
Leve, eu sinto esse calor, bem perto
Ainda que a natureza seja outra
O momento seja outro, a chuva,
O vento, o frio e a inteligência
A me fustigar, desejo demais,
Um outro cais, com velas e verões,
Quatro estações em um só dia
A desequilibrar nossa harmonia,
Cadê você...


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